?A tens�o do anti-intelectualismo vem sendo um fio que se desenrola atrav�s da vida pol�tica e cultural, fomentado pela falsa ideia de que democracia quer dizer que ?a minha ignor�ncia � t�o v�lida quanto o seu conhecimento.?
(Isaac Asimov. Um Culto � Ignor�ncia, 1980)
Isaac Asimov, al�m de um dos mais importantes autores de fic��o cient�fica do s�culo XX, foi bioqu�mico, professor universit�rio e respons�vel por um esfor�o de popularizar os estudos cient�ficos.
Nascido na R�ssia, por volta de 1920, foi naturalizado americano ainda crian�a, depois que seus pais se refugiaram nos Estados Unidos.
Publicou sua primeira hist�ria em um jornal escolar aos 14 anos e depois disso nunca mais parou de escrever, tendo publicado mais de 500 obras, entre elas, livros de fic��o cient�fica, romances policiais, textos humor�sticos, ensaios, contos e livros de divulga��o cient�fica, al�m de ter sido editor da Isaac Asimov Magazine, que divulgava contos de fic��o cient�fica.
Dentre suas obras mais famosas est�o a Trilogia da Funda��o; Eu, Rob� e O Homem Bicenten�rio.
Acima de tudo, Asimov era um defensor do m�todo cient�fico e acreditava que todos deveriam ter acesso ao conhecimento de verdade, com profundidade e n�o � mera informa��o. E � claro, a melhor maneira de se conseguir isso seria pelo h�bito da leitura.
Oi, eu sou o Alex! E no Superleituras de hoje vamos lidar com 7 duras reflex�es de Isaac Asimov.
Reconhecer os outros nessas frases � bastante f�cil, voc� vai ver? Agora...caso voc� se reconhe�a em algumas das alfinetadas, n�o se ofenda e nem se preocupe tanto: quase todos n�s podemos passar por isso em maior ou menor grau.
O problema � quando a gente n�o se reconhece nelas o quanto deveria. Ou, pior ainda, quando nos reconhecemos e fingimos que n�o. Porque assim, n�o poderemos melhorar nunca.
E, olha... pra quem chegar ao final do v�deo, vou deixar uma frase b�nus mais otimista. Um copinho de �gua com a��car pra baixar a adrenalina.
Vamos come�ar com a frase de abertura:
#1 - ?A tens�o do anti-intelectualismo vem sendo um fio que se desenrola atrav�s da vida pol�tica e cultural fomentado pela falsa ideia de que democracia quer dizer que ?a minha ignor�ncia � t�o v�lida quanto seu o conhecimento?.?
(Um Culto � Ignor�ncia, 1980)
Asimov critica o que ele chamou de culto � ignor�ncia, uma predisposi��o que ele percebeu nos americanos dos anos 80, mas que n�s podemos enxergar facilmente aqui e agora.
Todos temos direito de saber as coisas? o direito � informa��o, que � despejada sobre n�s aos baldes! Mas ficamos sem saber o que fazer com ela.
� �poca ele levantou uma importante quest�o sobre isso: ?o direito americano de saber o que de fato? Ci�ncias? Matem�tica? Economia? Idiomas estrangeiros??
E constatou o que podemos constatar tamb�m: Ningu�m precisa dessas tolices pois tem coisa muito mais interessante pra saber.
Como a �ltima lacrada daquele pol�tico falastr�o, os esc�ndalos do Supremo, aquele crime bizarro, o novo namorado daquela celebridade?ou onde ela tatuou o qu�...
Vamos deixar aquelas quest�es cabe�udas para os acad�micos arrogantes.
Pra n�s, basta que destilemos opini�es rasas nos grupos de whatsapp. Se algu�m tiver algum argumento embasado, s�lido, pouco importa. O que importa mesmo � o meu achismo.
Diga sinceramente. Falar isso � algum absurdo, ou as coisas s�o mesmo assim?
#2 - "Por seguran�a, o americano m�dio assina o pr�prio nome mais ou menos leg�vel e consegue ir at� o fim das manchetes esportivas. Mas quantos n�o-elitistas conseguem, sem demasiada dificuldade, ler impressos em torno das mil palavras, algumas delas, talvez, trissil�bicas?"
(Um Culto � Ignor�ncia, 1980)
Antes de seguir � preciso explicar a ironia por tr�s do termo ?elitista?.
Esse culto � ignor�ncia faz com que a gente veja com maus olhos aqueles que dedicaram suas vidas aos estudos.
Como se as universidades s� produzissem aberra��es.
Vale um par�nteses aqui pra dizer que, de fato, a academia tem estado bem distante do p�blico geral, salvo por alguns pontos de luz.
Mas isso n�o significa que o conhecimento erudito seja algo ruim. Pelo contr�rio. � algo important�ssimo e que deveria ser acess�vel a todos os interessados.
S� que o estudo n�o � algo incentivado. A leitura � tida como algo chato. Desde a escola, a crian�a que tem facilidade para aprender, ou que se esfor�a pra isso, � vista como esquisita.
O resultado � essa sociedade em que se discutem assuntos graves apenas pelas manchetes que piscaram no feed.
Uma sociedade em que as pessoas n�o conseguem interpretar um texto simples, n�o importa o qu�o claro esteja escrito.
E quantos mal-entendidos n�o surgem dessa falta de leitura e compreens�o?
Voc� quer um exemplo f�cil?
Olhe nos coment�rios dos nossos v�deos. O mesmo v�deo consegue ter interpreta��es totalmente opostas e que n�o condizem com a mensagem. E n�o falo sobre uma opini�o sobre o assunto. Mas coloca��es aleat�rias como ?Canal Petista? ou ?Canal Bolsominion?, para um v�deo que fala, por exemplo, sobre a import�ncia da leitura.
Essa rea��o est� diretamente ligada a essa avers�o ao pensamento racional, fruto da falta de leitura.
?Ah! Mas eles t�m o direito de escrever isso.? Algu�m pode dizer? se voc� realmente acredita nisso, volte l� na li��o 1.
T� pegando pesado? Respira fundo, se lembre da advert�ncia que fiz l� no come�o? e se segure que vem mais.
#3 - ?O aspecto mais triste da vida agora � que a ci�ncia re�ne conhecimento mais r�pido do que a sociedade re�ne sabedoria.?
(Isaac Asimov?s Book of Science and Nature Quotations, 1988)
Essa � outra triste constata��o.
Vemos os avan�os cient�ficos dando saltos cada vez mais largos em todas as �reas. Pense em como a medicina evoluiu, por exemplo.
Ou ent�o, pensa s�: o primeiro telefone foi inventado por volta de 1860 e patenteado em 1876. Foi evoluindo at� que o primeiro prot�tipo de celular foi aparecer em meados do s�culo XX. E atualmente, a cada ano aparece um smartphone com uma funcionalidade diferente. O ritmo das inova��es cient�ficas acelera cada vez mais e segue nos surpreendendo e at� nos assustando. N�o � Siri? (?N�o precisa se assustar. Voc� est� seguro?)
Por outro lado, n�o nos tornamos mais s�bios, e sim mais superficiais? aquele oceano de conhecimento com um dedo de profundidade. Quest�es �ticas v�o sendo deixadas de lado, e muitas vezes ficamos sem saber como lidar com todo esse conhecimento acumulado.
A ci�ncia tornou poss�vel as bombas at�micas, mas foi a falta de sabedoria humana que as detonaram.
#4 - "Se o conhecimento traz problemas, n�o � a ignor�ncia que os resolve."
(ASIMOV'S GUIDE TO SCIENCE, 1972)
Mas ent�o dever�amos frear os avan�os cient�ficos pra evitar problemas? Produzir menos conhecimento?
Asimov acreditava que n�o. Pelo contr�rio, os problemas causados pelo conhecimento s� ser�o resolvidos com mais conhecimento.
Preferencialmente de naturezas diferentes, me atreveria a acrescentar.
A ci�ncia sozinha n�o pode resolver todos os problemas. Por mais que Asimov defendesse o m�todo cient�fico como modelo para se chegar a conclus�es, existe um tipo de conhecimento que deve partir de uma ordem diferente. Na busca pelo conhecimento de si mesmo, para que a gente possa aprender a utilizar de maneira adequada tudo aquilo que o conhecimento cient�fico � capaz de nos proporcionar.
Do contr�rio, vamos detonar novas bombas at�micas a cada avan�o.
#5 - ?Eles n�o v�o ouvir. Voc� sabe por qu�? Porque eles t�m certas no��es fixas sobre o passado. Qualquer mudan�a seria uma blasf�mia aos olhos deles, mesmo que fosse verdade. Eles n�o querem a verdade; eles querem suas tradi��es.?
(Pebble in the Sky - Galactic Empire #3, 1950)
Como vimos, o pr�prio Asimov se envolveu num esfor�o de disseminar o conhecimento de forma acess�vel. N�o apenas informa��o.
N�s, do Superleituras, tamb�m nos esfor�amos nessa tarefa. N�s tentamos oferecer as ferramentas para que cada vez mais pessoas se interessem em buscar conhecimento. Se aventurar em leituras e expandir seus horizontes, saindo da terr�vel e sufocante zona de conforto, que n�s chamamos de zona da mediocridade.
Mas cabe a cada uma das pessoas aceitar o desafio.
Um grande problema � que muitos de n�s, nos algemamos a algumas ideias fixas, e certos preconceitos e ideologias que nos impedem de aprender coisas novas.
E n�o estou falando de abrir m�o de seus valores, de seus ideais. Mas simplesmente manter a mente aberta e questionar fatos que nos acostumamos a dar como certos.
Vamos nos lembrar de que a hist�ria n�o � uma ci�ncia exata, e que os historiadores de tempos em tempos lan�am olhares renovados sobre fatos antigos.
Por exemplo, hoje sabemos que o Grito do Ipiranga n�o aconteceu da forma romanceada como as escolas ensinavam h� algumas d�cadas. Houve muita estrat�gia pol�tica envolvida ali.
#6 - ?A viol�ncia � o �ltimo ref�gio do incompetente.?
(Funda��o , Livro 1)
Algumas pessoas, infelizmente, n�o conseguem se permitir momentos de reflex�o.
E o pior.. .a reflex�o alheia as incomoda.
Da� vemos esse monte de gente que, n�o conseguindo argumentar, prefere ofender.
N�o vamos nem falar de coment�rios de internet dessa vez, vai? � chutar cachorro morto.
Imagine conversas presenciais mesmo...conversas de bar? rela��es de trabalho... discuss�es de tr�nsito.
Quantas vezes a raz�o � calada pela emo��o? Quantas vezes os argumentos se esgotam rapidamente e as pessoas se valem da sua autoridade, ou da sua voz mais potente, ou seu corpo mais robusto, ou de uma arma na sua cintura.
Sim.. �s vezes a coisa para na ofensa, mas tem hora que chega �s vias de fato ou a viol�ncia f�sica?
Seja como for, esse � o ultimo fim da ignor�ncia. A elimina��o do outro.
#7 - ?N�o h� qualquer m�rito na disciplina, debaixo de circunst�ncias normais. Exijo-a em face da morte, ou ent�o � in�til.?
(Funda��o , Livro 1)
Por isso � t�o importante valorizar o estudo, a leitura, a busca por conhecimento... do mundo e de si.
Mas isso n�o � algo f�cil. Nosso c�rebro busca conforto, busca o menor esfor�o.
A busca por conhecimento exige disciplina, exige uma vida ordenada e equilibrada.
E o bacana � que isso gera um c�rculo virtuoso. Em que voc� ordena sua vida, busca conhecimento, gera mais ordem na sua vida, adquire mais conhecimento? e assim vai.
Talvez voc� tenha v�rios argumentos pra justificar os motivos pelo qual voc� ainda n�o entrou nesse c�rculo virtuoso. E provavelmente voc� n�o estaria inventando nada. Sua vida � mesmo corrida, falta tempo, a grana t� curta, as pessoas a sua volta n�o colaboram?
Eu sei? � assim mesmo. E � a� que entra essa frase de Asimov. Vamos ler novamente? Com mais aten��o agora?
?N�o h� qualquer m�rito na disciplina, debaixo de circunst�ncias normais. Exijo-a em face da morte, ou ent�o � in�til.?
E agora? Alguma desculpa ficou de p�?
Entenda que n�o vai ser f�cil mesmo, mas ser� recompensador.
Se voc� quer saber como ordenar sua vida com a ajuda da filosofia, v� ao primeiro link da descri��o.
E, agora, se reconforte com a frase b�nus:
"Eu acredito que todo ser humano com um c�rebro saud�vel pode aprender muito e ser surpreendentemente intelectual."
(Um Culto � Ignor�ncia, 1980)
Comece acreditando em voc�!
Por isso, te oferecemos nosso e-book gratuito que j� ajudou mais de 200 mil pessoas a potencializarem sua autoconfian�a. Basta clicar no link da descri��o e ler as instru��es com aten��o? afinal esse artigo n�o pode ter sido em v�o, n�!?
Grande abra�o e at� a pr�xima!
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